sábado, 30 de março de 2013
Nantaimori e Nyotaimori
É uma prática obscura (que pode ser considerada um tipo de sitofilia) com origem no Japão, em que o sushi é apresentado e pode ser comido em cima do corpo de um homem (nan) ou de uma mulher (nyo).
É claro que devem ser respeitadas certas normas de higiene, nomeadamente a depilação dos pêlos púbicos e um banho prévio frio com um sabão sem aroma e em alguns casos são utilizados plásticos entre a comida e o corpo.
Os modelos utilizados têm que ser treinados para permanecer durante horas sem se mexer.
A meu ver fica lindo num corpo de mulher, agora, não sei mesmo até que ponto não existe uma relação de erotismo e com o facto de se comer de um corpo de alguém do sexo oposto... fica ao vosso critério dar a vossa opinião.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Das coisas da sociedade
Acho piada a certas pessoas. Não é aquela piada que faz rir (se bem que de vez em quando me dê vontade disso, como já aconteceu), mas é aquela piada de que aquilo que o outro é ou fez não cabe na cabeça de ninguém, então ficamos a pensar como a outra pessoa tem características que não são boas...tipo estupidez, hipocrisia e outras coisas.
Então...acho uma certa piada quando, por intermédio de outra pessoa com quem me dou bem que outra qualquer (geralmente mulheres, vá se lá saber porquê!) comentou algo mau a meu respeito. Mau como imaginam é relativo, por isso, considero mau uma coisa bastante destrutiva ou ofensiva.
E então, aí acho graça... e continuo a achar graça a pessoa ter a cara de pau de ser simpática, fofinha, querida e generosa comigo. Aí acho mais graça. Só que eu tenho um defeito (e digo defeito porque actualmente isto poderia ser considerado uma qualidade!): não ser capaz de fingir.
Por isso, embora não vá a correr contar à pessoa o que me disseram (tenho uma réstia de inteligência, ainda, meu deus!), não sou capaz de olhar para quem é e ser simpática para ela. É preciso estar muito bem disposta.
Eu sei que vem daqui a tal coisa de fingirmos que sorrimos é melhor para quem nos deseja mal e blá bla, mas eu não quero saber da outra pessoa até ela ser uma cabra comigo, por isso se embirro com ela é porque me desejou mal primeiro, e aí também não fui capaz de ser simpática. Resumindo, só sou capaz de simpatia sincera com quem sei que nunca me fez mal e que nada tem contra mim, em sentindo o contrário, não sou capaz disso... o que acontece é que muita gente não gosta disso, nem gosta de contradições.
Gostam de que o mundo mude só por eles mandarem. Só que o mundo não é assim...
...e em tom de desabafo: eu considero que tenho muitos defeitos, mas se há defeito que abençoei este ano por ter é o facto de não ficar quieta, não engolir as coisas que me acontecem como estas e outras piores. Ás vezes não ser submisso é bom, e mesmo sabendo que tenho consequências disso, boas ou más, não mudo os meus planos e digo as coisas, não me permito a aguentá-las. Acontece o quê? Ganhar inimigos? ... Não é nada que não esteja já habituada...
Tradição
De manhã tive a oportunidade ver no canal História um pequeno programa sobre os tapetes de Arraiolos e os bordados do Minho e ao ouvir uma senhora a dizer que um dia mais tarde tudo acaba, porque as gerações mais novas não vão continuar as tradições, fez-me pensar no que disse... Portugal tem uma identidade própria que ao longo do tempo muitos artistas sempre fizeram questão de respeitar. Tudo aquilo que temos, gastronomia, tecidos (e aqui recordo os trajes lindíssimos do meu Alentejo), a forma de viver tradicional de algumas pessoas, tudo isso faz parte de nós. Devíamos sim olhar para o futuro e fazer de tudo para que o país tenha a oportunidade de crescer, em termos económicos, culturais e sociais mas nunca esquecendo aquilo que é nosso... porque se um dia tudo isso acabar, não vamos enganar-nos e pensar que é a sermos iguais aos outros e a fazer o que todos fazem é o caminho para a prosperidade, pois não é. É a respeitarmos os nossos antepassados, todas as tradições e tudo aquilo que eles nos deixaram que iremos mostrar ao mundo o que somos. Não a imitá-los.
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
Carta aos 19
"Caro desempregado,
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.
Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.
Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.
Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer."
Crónica de Ricardo Araújo Pereira, em visao.pt
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.
Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.
Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.
Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer."
Crónica de Ricardo Araújo Pereira, em visao.pt
terça-feira, 26 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
O meu mundo
Bem, caríssimos, tenho um segredo que diz muito de quem sou e assim, opto por partilhá-lo aqui porque acho que o deveria partilhar com alguém:
"Eu vivo completamente num mundo à parte. E este o segredo. Na realidade, enquanto as pessoas normais vêem carros pelas estradas, autocarros grandes cheios de pessoas, a chuva a cair que nem cascata e a molhar os transeuntes que passa, eu vejo unicórnios cor-de-rosa que comem pózinhos brilhantes e voam nos céus deixando rastos de estrelas luminosas. No meu mundo não há violência, não há maldade, a bondade e a humildade reinam entre os habitantes sempre felizes.
No meu mundo há brincadeira, não há mágoa. Há felicidade e alegria e há passarinhos de todas as cores que pousa nas árvores sempre em flor, e cantam... Cantam porque a sua vida é cantar, porque deixam as plantinhas, os habitantes e os outros animais felizes.
O meu mundo é cor-de-rosa e é nele que vivo. Por isso, se alguma vez me virem com ar sonhador ou distante, é nele que estou.
"Eu vivo completamente num mundo à parte. E este o segredo. Na realidade, enquanto as pessoas normais vêem carros pelas estradas, autocarros grandes cheios de pessoas, a chuva a cair que nem cascata e a molhar os transeuntes que passa, eu vejo unicórnios cor-de-rosa que comem pózinhos brilhantes e voam nos céus deixando rastos de estrelas luminosas. No meu mundo não há violência, não há maldade, a bondade e a humildade reinam entre os habitantes sempre felizes.
No meu mundo há brincadeira, não há mágoa. Há felicidade e alegria e há passarinhos de todas as cores que pousa nas árvores sempre em flor, e cantam... Cantam porque a sua vida é cantar, porque deixam as plantinhas, os habitantes e os outros animais felizes.
O meu mundo é cor-de-rosa e é nele que vivo. Por isso, se alguma vez me virem com ar sonhador ou distante, é nele que estou.
domingo, 24 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
"Hoje podes deitar-te na minha cama"
"Hoje podes deitar-te na minha cama
e contar-me mentiras - dizer, não sei,
que o amor tem a forma da minha mão
ou que os meus beijos são perguntas que
não queres que ninguém te faça senão
eu; que as flores bordadas na dobra do
meu lençol são de jardins perfeitos que
antes só existiam nos teus sonhos; e que
na curva dos meus braços as horas são
mais pequenas do que uma voz que no
escuro se apagasse. Hoje podes rasgar
cidades no mapa do meu corpo e
inventar que descobriste um continente
novo - uma pátria solar onde gostavas
de morrer e ter nascido. Eu não me
importo com nada do que me digas esta
noite: amo-te, e amar-te é reconhecer o
pólen excessivo das corolas, o seu vermelho
impossível. Mas amanhã, antes de partires,
não digas nada, não me beijes nas costas
do meu sono. Leva-me contigo para sempre
ou deixa-me dormir - eu não quero ser
apenas um nome deitado entre outros nomes."
Maria do Rosário Pedreira
e contar-me mentiras - dizer, não sei,
que o amor tem a forma da minha mão
ou que os meus beijos são perguntas que
não queres que ninguém te faça senão
eu; que as flores bordadas na dobra do
meu lençol são de jardins perfeitos que
antes só existiam nos teus sonhos; e que
na curva dos meus braços as horas são
mais pequenas do que uma voz que no
escuro se apagasse. Hoje podes rasgar
cidades no mapa do meu corpo e
inventar que descobriste um continente
novo - uma pátria solar onde gostavas
de morrer e ter nascido. Eu não me
importo com nada do que me digas esta
noite: amo-te, e amar-te é reconhecer o
pólen excessivo das corolas, o seu vermelho
impossível. Mas amanhã, antes de partires,
não digas nada, não me beijes nas costas
do meu sono. Leva-me contigo para sempre
ou deixa-me dormir - eu não quero ser
apenas um nome deitado entre outros nomes."
Maria do Rosário Pedreira
segunda-feira, 18 de março de 2013
Ouve, meu anjo
"Ouve, meu anjo:
Se eu beijásse a tua pél?
Se eu beijásse a tua boca
Onde a saliva é um mél?...
Quiz afastar-se mostrando
Um sorriso desdenhoso;
Mas ai!
- A carne do assassino
É como a do virtuoso.
N'uma attitude elegante,
Mysteriosa, gentil,
Deu-me o seu corpo doirado
Que eu beijei quase febríl.
Na vidraça da janella,
A chuva, léve, tinia...
Elle apertou-me, cerrando
Os olhos para sonhar...
E eu, lentamente, morria
Como um perfume no ar!"
António Botto
O segredo da alma
"A alma não tem segredo que o comportamento não revele." Lao-Tsé
Eu sei que há-de parecer contraditório dado que ultimamente tenho andado a reclamar muito do sexo oposto (e para quem lê o meu blog a primeira vez, o meu sexo é feminino), mas desabafos de ocasião não são para serem tomados muito a sério, até porque apesar de me fartar de reclamar, não há vez que não admite que não somos diferentes, porque somos.
E acredito mesmo na citação que coloquei acima: a alma não tem segredo que o comportamento (ainda que fingido, acrescento eu) não revele.
Qualquer um de nós percebe perfeitamente quando o outro sente algo diferente do que afirma, qualquer um percebe a insegurança, a tristeza, a alegria, a raiva, demonstradas pela forma de falar, de agir, de olhar... Se pensarmos bem e tivermos a possibilidade de conhecimento da forma de agir do outro, saberemos distinguir aquilo que passa na sua alma, basta querer...
domingo, 17 de março de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
Uma da manhã, ei!
Deitei-me cedo, nem 22 h eram... acordo agora sem conseguir dormir. Ando tão agitada que nem descansar consigo.
Há coisas que me vagueiam pelo pensamento e pelo coração. Os meus pensamentos controlam as emoções, infelizmente.
Acreditar que alguém possa ter sentimentos mesmo que não os demonstre, já é quase muita simpatia. Geralmente as pessoas, homens/mulheres não são assim tão complicados.
Há coisas que me vagueiam pelo pensamento e pelo coração. Os meus pensamentos controlam as emoções, infelizmente.
Acreditar que alguém possa ter sentimentos mesmo que não os demonstre, já é quase muita simpatia. Geralmente as pessoas, homens/mulheres não são assim tão complicados.
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