segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
O porco preto do (passe a publicidade) Continente
"Os porcos [alentejanos] são criados de forma tradicional e ecológica, fazendo longas caminhadas nos montados, pastando ervas aromáticas, raízes e bolota."
Tudo o que comem sabe-se que fica incorporado na carne sua proveniente, mas mesmo assim, dá que pensar: se os bichos se descuidam e comem ervas aromáticas a mais (uma enorme variedade) acabam por ficar com a carne muito "condimentada".
(era uma piada, para quem não percebeu...)
2 0 1 3
Podem pensar que sou mal encarada à vontade, que não tenho simpatia por ninguém e que não desejo bem a ninguém. Pois, nada disso. Mas para ser diferente não vou desejar feliz 2013 a ninguém muito menos boas entradas. Mas só vos quero relembrar que acabámos por este ano sofrer um falso aviso de fim de mundo e por isso convém aproveitar ao máximo o tempo que temos a mais (sim, porque em Dezembro de 2012 já não era para haver mundo, foi muita sorte a nossa). Por isso, em vez de se preocuparem com o "novo ano" que se avizinha (que no fundo é igual aos outros todos) preocupem-se em aproveitar da melhor forma o tempo com quem amam. E principalmente e acima de tudo, partilhem amor por quem o sentem, família, amigos, namorada/o, ... há coisas que são mais importantes do que outras.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Homens!
Ultimamente (sempre senti, mas só agora senti necessidade de o exprimir) ando farta de homens que não prestam, que vêm para cima de todas as mulheres com a mesma cantiga de sempre "Adoro-te e é só a ti que te quero". Vai-se a ver e a cantiga é sempre a mesma, a preocupação pela mulher supostamente amada é nula e ando tudo à volta do mesmo.
Já ando farta de conhecer pessoas assim, mentirosas... e com falsos sentimentos.
Depois sinto uma enorme vontade em fazer o mesmo com eles. É esperar por uma boa oportunidade para tal...
domingo, 23 de dezembro de 2012
Merry X-mas!
Como só há algumas horas é que de facto me apercebi que o Natal é já amanhã... coisa que eu juro que não tinha reparado antes, desejo a todos aqueles me lêem (por seguir ou porque casualmente me encontraram pela Internet) um excelente Natal cheio de amor para todos. Nem que durante o ano todo estejamos a sofrer com os nossos problemas (porque os temos) mas ao menos que cheguemos ao final do ano e tudo seja esquecido nos momentos que passamos com a família e amigos e pessoas que nos amam.
Feliz Natal!!
Feliz Natal!!
sábado, 22 de dezembro de 2012
Fiiiiuuuu
E chegaram as tão ansiadas férias... pelo trabalho e pelo custo que houve no concluir de tudo, é mesmo para respirar de alívio. Mas já quase que acabou... falta o resto, agora.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
É simplesmente bom para não partilhar
"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE)
demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
portugueses."
demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez
porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de
frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia,
sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti?
Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém
interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras.
Fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A
minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num
supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo
marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo
marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria
quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
Eu, às vezes penso:
O que não poupávamos se Portugal tivesse mar.
JOÃO QUADROS . NEGÓCIOS ONLINE
(TEXTO ESCRITO EM COMPLETO DESACORDO ORTOGRÁFICO)
porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de
frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia,
sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti?
Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém
interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras.
Fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A
minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num
supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo
marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo
marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria
quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
Eu, às vezes penso:
O que não poupávamos se Portugal tivesse mar.
JOÃO QUADROS . NEGÓCIOS ONLINE
(TEXTO ESCRITO EM COMPLETO DESACORDO ORTOGRÁFICO)
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Condicionantes à vida social
Se calhar o meu problema é mesmo tomar a parte pelo todo e pensar que o que faz comigo, faz com toda a gente. Entre outros.
(para quem não percebeu, estou mesmo a falar da minha vida e da minha vida social)
(para quem não percebeu, estou mesmo a falar da minha vida e da minha vida social)
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Dança
Rain dance in red - Karen Tarlton
A dança e a alma
"A dança?Não é movimento
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural
No solo não,no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança-não vento nos ramos
seiva, força, perene estar
um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir a forma do ser
por sobre o mistério das fábulas"
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 9 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
Bode ou carneiro?
Como pessoa muito ligada aos animais, muito dada à sapiência da anatomia animal, exognósia e termos comuns e científicos para indicar seja o que for, tenho a obrigação de saber que entre um bode e um carneiro existem diferenças notáveis. No entanto, não sei por alma de quem (talvez da minha) o meu cérebro insiste em confundir os termos e não os associar aos conceitos. De tal forma que, há dias, numa primeira vez com malta da veterinária, andando a passear um carneiro amestrado com o dono insisti várias vezes (perante o espanto de ver um carneiro a passear qual cãozinho amestrado) "É um bode! é um bode!". Escusado será dizer que parei quando me chamaram a atenção dizendo "Não é um bode, é um carneiro!"
Não sou parva, mas acreditem que disfarço bem...
Não sou parva, mas acreditem que disfarço bem...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Narciso
"Dentro de mim me quis eu ver. Tremia,
Dobrado em dois sobre o meu próprio poço...
Ah, que terrível face e que arcabouço
Este meu corpo lânguido escondia!
Ó boca tumular, cerrada e fria,
Cujo silêncio esfíngico bem ouço!
Ó lindos olhos sôfregos, de moço,
Numa fronte a suar melancolia!
Assim me desejei nestas imagens.
Meus poemas requintados e selvagens,
O meu Desejo os sulca de vermelho:
Que eu vivo à espera dessa noite estranha,
Noite de amor em que me goze e tenha,
...Lá no fundo do poço em que me espelho!"
José Régio
Lá como em certos sítios
Será que se eu transformar assim do nada, o meu blog de gente culta, inteligente e sábia, num antro de pornografia e promiscuidade terei um acréscimo de visualizações?
Talvez um dia me apeteça colocar na página inicial do blogue um aviso de conteúdos. Até lá, vou continuar com o erotismo das palavras que esse, para mim, é aquele que mais me embeleza a alma.
Dar é não fazer amor (Luiz Fernando Veríssimo)
"Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca…
Te chama de nomes que eu não escreveria…
Não te vira com delicadeza…
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar….
Sem querer apresentar pra mãe…
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral…
Te amolece o gingado…
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
‘Que que cê acha amor?’.
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho…
É não ter alguém para ouvir seus dengos…
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar…
Experimente ser amado…"
Talvez um dia me apeteça colocar na página inicial do blogue um aviso de conteúdos. Até lá, vou continuar com o erotismo das palavras que esse, para mim, é aquele que mais me embeleza a alma.
Dar é não fazer amor (Luiz Fernando Veríssimo)
"Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca…
Te chama de nomes que eu não escreveria…
Não te vira com delicadeza…
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar….
Sem querer apresentar pra mãe…
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral…
Te amolece o gingado…
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
‘Que que cê acha amor?’.
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho…
É não ter alguém para ouvir seus dengos…
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar…
Experimente ser amado…"
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
É quando começas a notar em certos pormenores em ti, em certas características que qualquer outra pessoa (e até tu próprio) admitirias serem defeitos que ninguém tem obrigação de gostar, que chegas à conclusão que aquela pessoa que te afirmava (ou afirma) que gosta realmente de ti é sincera no que diz... E por aí percebes a injustiça dos teus actos.
sábado, 1 de dezembro de 2012
h^2
Infelizmente para a humanidade a inteligência não é uma característica com uma alta heritabilidade.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Aparte a publicidade
Não costumo fazê-lo ... mas desta vez, por concordar tão plenamente com o que é dito, partilho:
Uma questão de popularidade
Uma questão de popularidade
domingo, 25 de novembro de 2012
Não confie em palavras...
... até porque eu própria sei dominá-las o suficiente para enganar muito bem as outras pessoas...
Joy to the world!
Umas vezes falta tempo, outras, há tempo a mais... agora não tenho tido tempo a mais, mas sim o contrário. Ainda assim, deixo aqui uma imagem para animar:
domingo, 18 de novembro de 2012
Eu mesma
E por vezes penso que estou no bom caminho para ser aquela mulher que em pequenina desejei ser. Aquela mulher forte por dentro e aparentemente frágil por fora, alguém humilde capaz de colocar a sinceridade por cima de todas as coisas, sabendo perfeitamente reconhecer a manipulação de quem o faz para conseguir subir na vida, alguém que só quer viver intensamente as coisas boas da vida, alguém que sabe o que quer ainda que por vezes pareça perdida nos caminhos tumultuosos da vida...
E recordo-me de o afirmar a um estranho, os caminhos que percorri para conseguir chegar onde cheguei e os objectivos e ambições que quero realizar durante a minha vida, e nunca pensei que alguma vez esse estranho passasse a ser mais do que um simples conhecido com quem não sabia se iria voltar a falar no dia a seguir, ou no outro, ou no outro,... Tornou-se alguém com quem sinceramente simpatizei apesar de tudo e julguei de facto que a amizade à distancia pudesse existir (Eu julguei que a amizade pudesse existir, não só à distância ou não). Para aprender novamente a nunca dizer nunca ou nunca pensar nunca. As coisas acontecem sempre por razões que nunca iremos conseguir compreender. Espero mais tarde compreender a razão de várias pessoas terem entrado na minha vida, e enquanto entram e saem (nunca fechando a porta a quem gosto) vou continuando a minha vida e a tentar alcançar objectivos com que sempre sonhei.
E recordo-me de o afirmar a um estranho, os caminhos que percorri para conseguir chegar onde cheguei e os objectivos e ambições que quero realizar durante a minha vida, e nunca pensei que alguma vez esse estranho passasse a ser mais do que um simples conhecido com quem não sabia se iria voltar a falar no dia a seguir, ou no outro, ou no outro,... Tornou-se alguém com quem sinceramente simpatizei apesar de tudo e julguei de facto que a amizade à distancia pudesse existir (Eu julguei que a amizade pudesse existir, não só à distância ou não). Para aprender novamente a nunca dizer nunca ou nunca pensar nunca. As coisas acontecem sempre por razões que nunca iremos conseguir compreender. Espero mais tarde compreender a razão de várias pessoas terem entrado na minha vida, e enquanto entram e saem (nunca fechando a porta a quem gosto) vou continuando a minha vida e a tentar alcançar objectivos com que sempre sonhei.
What a day!
Que dia, de facto. Bem se costuma dizer que doença em tempo de trabalho, neste caso aulas, faz milagres. Passei o fim de semana todo doente, talvez com uma constipação em cima, mas não importa, doente, ou seja, de cama. Para variar lá terei que amanhã faltar a um dia de aulas (tendo as suas vantagens e desvantagens), mas é algo que não gosto. Não estou em casa, estou bem longe a estudar, por isso faltam-me os mimos dos paizinhos e o cházinho a meio da noite com mel, juntamente com o carinho que não tenho.
Enquanto isso, sobrevive-se. Tendo ataques de tosse de 10 em 10 segundos, mas sobrevive-se. Com as tonturas e dores de cabeça que o facto de estar doente me traz, e a falta de competência e concentração para trabalhar e estudar, aproveito estes diazinhos para pôr em dia a leitura e escrita (no blogue) que há muito não faço. Leio novos livros que me mandaram e estão em espera e lá aproveito para fazer coisas softs que não me puxem muito pela cabeça.
Enquanto isso, penso na vida fantástica que tenho... problemas atrás de problemas, mas apesar de tudo se arranja sempre um motivo para sorrir, mais não seja pelo simples facto de fazer o que amo, ter a oportunidade maravilhosa de contactar com animais.
Enquanto isso, sobrevive-se. Tendo ataques de tosse de 10 em 10 segundos, mas sobrevive-se. Com as tonturas e dores de cabeça que o facto de estar doente me traz, e a falta de competência e concentração para trabalhar e estudar, aproveito estes diazinhos para pôr em dia a leitura e escrita (no blogue) que há muito não faço. Leio novos livros que me mandaram e estão em espera e lá aproveito para fazer coisas softs que não me puxem muito pela cabeça.
Enquanto isso, penso na vida fantástica que tenho... problemas atrás de problemas, mas apesar de tudo se arranja sempre um motivo para sorrir, mais não seja pelo simples facto de fazer o que amo, ter a oportunidade maravilhosa de contactar com animais.
sábado, 17 de novembro de 2012
Cócegas a ratos
Esta é uma publicação que foge do meu "género" actual, pois prefiro mais ler artigos científicos do que escrevê-los, mas neste caso vou partilhar o trabalho de um notável cientista, de entre todos, aquele que o deixou mais reconhecido, mais não seja pela novidade da descoberta: os ratos riem-se quando lhes fazem cócegas. (O artigo foi transcrito daqui.)
The Ticklish Laughter of Rats
“Let’s go tickle some rats.” With those epic words, neuroscientist Jaak Panksepp and his undergraduate assistant, Jeff Burgdorf, went into their Bowling Green State University lab to engage in the hard work of science.
Panksepp, who had been studying play behavior in young human children as well as 50-kHz ultrasonic chirping noises made by juvenile rats during rough-and-tumble play, had just put two and two together: “I had the ‘insight’ (perhaps delusion) that our 50 kHz chirping response in playing rats might have some ancestral relationship to human laughter.”1
The rest has been history, and today Panksepp is undoubtedly the world’s foremost authority on rodent tickling:
…
As they progressed with their research, Panksepp and his colleagues found that many of their rats seemed irresistibly drawn to tickling, chasing after the ticklers and making substantially more play chirps while being tickled than during any other behavior. But the researchers weren’t content with anecdotal observations, and over the course of several years and a number of experiments, they systematically documented a dozen separate lines of evidence suggesting that the rats’ tickle chirping corresponded behaviorally to playful laughter in young human children.2
They compiled data establishing, among other things, that certain areas of the body are particularly ticklish (the nape of the neck, for you do-it-yourselfers), that the most playful rats tend to be the most ticklish, that rats can become conditioned to chirp simply in anticipation of being tickled, that tickle response rates decline after adolescence, that young rats preferentially spend time with older ones who chirp more frequently, that the tickle response appears to generate social bonding, that chirping decreases in the presence of negative stimuli (such as the scent of a cat), that rats will run mazes and press levers to get tickled, etc. Based on their research and observations, Panksepp and his fellow researchers hypothesized that rats, when being tickled or engaging in other playful activities, experience social joy that they vocalize through 50 kHz chirping, a primordial form of laughter that is evolutionarily related to joyful social laughter in young human children.
It’s safe to say that the neuroscientific community did not exactly rush to embrace this hypothesis. Behavioral neuroscience can be a particularly conservative and skeptical field, one that has traditionally been extremely wary of any theorizing about emotions controlling neural processes or behavior in animals. Since subjective experiences cannot, after all, be measured directly, it has been considered far more appropriate to those functional brain activities and processes that can be scanned and measured objectively, and to simply deny or ignore the possibility that animals experience complex emotional states such as joy, at least in the context of scientific research. As Panksepp put it:
Of course, it was hard to publish this kind of work, and it was ironic that the publication of our initial manuscript was impeded by prominent emotion researchers, some of whom take pains to deny that we can ever know whether animals have any emotional feelings.3
Fortunately, time and scientific progress have been on Panksepp’s side. We have identified an increasing number of common underlying structures and processes (homologies) in the brains of humans and other mammals and, as brain scanning technologies have become more sophisticated, we have gained greater insight into neural activities triggered in connection with particular emotional experiences. While the ability to cognitively “get a joke” may depend on our incredibly advanced human neocortex, we now believe that much of the foundational brain circuitry relating to laughter, mirth, social joy, social play and emotional processing lies deep within subcortical regions, where our brains are much more similar to those of other animals.
At this point, Panksepp and his colleagues recognize that they have not definitively proven their hypothesis, but their view is essentially that they have made a reasonable case that fits their data and that hasn’t been disproved:
Until someone can offer us some data that falsifies our hypothesis, we believe our theoretical approach better reveals the true nature of the underlying processes than any intellectual scheme that simply constrains itself simply to the accurate description of the environmental and neural control of behavioral acts.4
Even acknowledging the understandable caution of neuroscientists and the obvious difficulty in drawing scientific conclusions about the subjective experiences of animals, it does seem entirely plausible (and not overly surprising) that social animals such as rats would enjoy playful romping and tickling, and that they might vocalize their pleasure in a way that was somewhat akin to basic human laughter. In fact, we hope and fully expect that, as our knowledge of comparative brain structure and function grows over time, we will see more and more studies that show clear linkages between the minds and brains of humans and other animals.
_____
1Panksepp, J. (2007). Neuroevolutionary sources of laughter and social joy: Modeling primal human laughter in laboratory rats Behavioural Brain Research, 182 (2), 231-244 DOI: 10.1016/j.bbr.2007.02.015.
2Panksepp, J., & Burgdorf, J. (2003) “Laughing” rats and the evolutionary antecedents of human joy?. Physiology & Behavior, 79(3), 533-547. DOI: Panksepp, J., & Burgdorf, J. (2003). “Laughing” rats and the evolutionary antecedents of human joy?Physiology & Behavior, 79 (3), 533-547 DOI: 10.1016/S0031-9384(03)00159-8.
3Panksepp & Burgdorf (2003).
4Panksepp (2007).
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Música do dia - Tatoo
Jordin Sparks - Tatoo
"No matter what you say about love
I keep coming back for more
Keep my hand in the fire, sooner or later
I get what I'm asking for
No matter what you say about life
I learn every time I bleed
The truth is a stranger, soul is in danger
I gotta let my spirit be free
To admit that I'm wrong
And then change my mind
Sorry but I have to move on
And leave you behind
I can't waste time so give it a moment
I realize nothing's broken
No need to worry about everything I've done
Live every second like it was my last one
Don't look back, got a new direction
I loved you once, needed protection
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Just like a tattooI'll always have you
I'm sick of playing all of these games
It's not about taking sides
When I looked in the mirror didn't deliver
It hurt enough to think that I could
Stop, admit that I'm wrong
And then change my mind
Sorry but I've gotta be strong
And leave you behind
I can't waste time so give it a moment
I realize nothing's broken
No need to worry about everything I've done
Live every second like it was my last one
Don't look back, got a new direction
I loved you once, needed protection
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Just like a tattooI'll always have you
If I live every moment
Won't change any moment
That's still a part of me and you
I will never regret youStill the memory of you
Marks everything I do
Can't waste time so give it a moment
I realize nothing's broken
No need to worry about everything I've done
Live every second like it was my last one
Don't look back, got a new direction
I loved you once, needed protection
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Can't waste time so give it a moment
I realized nothing's broken
No need to worry about everything I've done
Live every second like it was my last one
Don't look back, got a new direction
I loved you once and I needed protection
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Just like a tattooI'll always have you"
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cada um que tire as suas conclusões, eu coloco porque é engraçada:
"Chamar Beja a Portalegre é o equivalente a chamar Lisboa a Sesimbra."
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Notícias - PAN solidário com as vítimas do temporal
Li agora no site do DNotícias uma notícia que me deixou bastante tocada:
"O PAN mostrou-se solidário com as vítimas do temporal (deve ter sido daquele que destruiu muita coisa na Madeira...e no Algarve) e por isso fez um comunicado em que mostra as palavras de solidariedade: "O PAN encontra-se solidário com as pessoas que sofreram as consequências do mau tempo dos últimos dias, com os feridos, com as pessoas que perderam as suas casas e que viram seus pertences destruídos" Apesar desta solidariedade (já estavam a pedir demais), o PAN lembra (calhou a vir à ideia este assunto durante o comunicado) que a Natureza "pode ser uma entidade desprovida de consciência de si, mas que não é inerte, ela reage ao esventrar das suas montanhas, ao estrangulamento dos seus cursos de água, à betonização das suas vertentes". (eu até ponho a vermelho para vocês verem que apesar lá dos temporais não terem consciência de si, a culpa é nossa que ninguém nos manda andar a estragar o mundo todo).
Além das pessoas, o PAN, que é o partido dos animais, lamenta "os ferimentos provocados, bem como a perca de vidas de vários e variados animais, domésticos e selvagens" (eu também lamento, será que isso me dá direito a ir falar à TVI?). O partido realça "todos quantos dão apoio em favor dos afectados pelo mau tempo, tanto os que o fazem por retribuição e dever, como também e principalmente, os que o fazem de forma solidária" (e principalmente!). O que não há é qualquer solidariedade "com aqueles humanos que, sem contemplações, cometem atentados que degradam e exploram a natureza para propósitos que supostamente deviam trazer o progresso". (não há mesmo, e ainda por cima são os culpados pelos temporais terem acontecido. Eles fazem e a natureza reage, depois dá nisto... ah, mas pera, esses que cometem atentados somos nós!?)
O comunicado conclui, lembrando que "estamos numa época em que, para além da convulsão económica e social, a natureza também parece estar em convulsão e mudança, o que afecta a harmonia das nossas vivências e relembra a nossa impotência e insignificância perante os elementos naturais". " (palavras lindas...)
Não há nada que eu mais concorde. Será que se este partido se resumisse também à sua insignificância não faria melhor figura? E já agora, em vez de andar a perder tempo com comunicados não fazia melhor se ajudassem as pessoas que de facto ficaram em más posições? De qualquer das formas, dou os meus parabéns pela fantástica literatura exposta na notícia, aquele "esventrar das montanhas" tocou-me a alma e o facto de saberem aproveitar uma excelente oportunidade - o mau tempo ter destruído alojamentos e ter deixado pessoas em situação pior do que estavam - para virem com fingidos ataques de consciência "o que se está a passar é culpa nossa porque estragamos o planeta". Embora, atenção, seja real o facto de o planeta se estar a destruir e contribuirmos para isso, quero mesmo chamar a atenção pela hipocrisia lançada com o "comunicado de solidariedade".
Pronto, era só isto.
"O PAN mostrou-se solidário com as vítimas do temporal (deve ter sido daquele que destruiu muita coisa na Madeira...e no Algarve) e por isso fez um comunicado em que mostra as palavras de solidariedade: "O PAN encontra-se solidário com as pessoas que sofreram as consequências do mau tempo dos últimos dias, com os feridos, com as pessoas que perderam as suas casas e que viram seus pertences destruídos" Apesar desta solidariedade (já estavam a pedir demais), o PAN lembra (calhou a vir à ideia este assunto durante o comunicado) que a Natureza "pode ser uma entidade desprovida de consciência de si, mas que não é inerte, ela reage ao esventrar das suas montanhas, ao estrangulamento dos seus cursos de água, à betonização das suas vertentes". (eu até ponho a vermelho para vocês verem que apesar lá dos temporais não terem consciência de si, a culpa é nossa que ninguém nos manda andar a estragar o mundo todo).
Além das pessoas, o PAN, que é o partido dos animais, lamenta "os ferimentos provocados, bem como a perca de vidas de vários e variados animais, domésticos e selvagens" (eu também lamento, será que isso me dá direito a ir falar à TVI?). O partido realça "todos quantos dão apoio em favor dos afectados pelo mau tempo, tanto os que o fazem por retribuição e dever, como também e principalmente, os que o fazem de forma solidária" (e principalmente!). O que não há é qualquer solidariedade "com aqueles humanos que, sem contemplações, cometem atentados que degradam e exploram a natureza para propósitos que supostamente deviam trazer o progresso". (não há mesmo, e ainda por cima são os culpados pelos temporais terem acontecido. Eles fazem e a natureza reage, depois dá nisto... ah, mas pera, esses que cometem atentados somos nós!?)
O comunicado conclui, lembrando que "estamos numa época em que, para além da convulsão económica e social, a natureza também parece estar em convulsão e mudança, o que afecta a harmonia das nossas vivências e relembra a nossa impotência e insignificância perante os elementos naturais". " (palavras lindas...)
Não há nada que eu mais concorde. Será que se este partido se resumisse também à sua insignificância não faria melhor figura? E já agora, em vez de andar a perder tempo com comunicados não fazia melhor se ajudassem as pessoas que de facto ficaram em más posições? De qualquer das formas, dou os meus parabéns pela fantástica literatura exposta na notícia, aquele "esventrar das montanhas" tocou-me a alma e o facto de saberem aproveitar uma excelente oportunidade - o mau tempo ter destruído alojamentos e ter deixado pessoas em situação pior do que estavam - para virem com fingidos ataques de consciência "o que se está a passar é culpa nossa porque estragamos o planeta". Embora, atenção, seja real o facto de o planeta se estar a destruir e contribuirmos para isso, quero mesmo chamar a atenção pela hipocrisia lançada com o "comunicado de solidariedade".
Pronto, era só isto.
sábado, 10 de novembro de 2012
The road not taken
"TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I —
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference."
Robert Frost (1874–1963)
Daquelas coisas esquisitas
Comprei um sumo de ananás que contém 10% de sumo de ananás. Não sei porquê mas sinto que alguma coisa não está bem...
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Tem vezes
Tem vezes que não nos apetece escrever, não nos apetece pensar em nada nem falar com ninguém. A vida é tão cheia de altos e baixos que nunca se sabe o que pode acontecer a seguir. O melhor de tudo e aquilo que mais temos de nosso são as pessoas que verdadeiramente nos amam e, principalmente, nós próprios. A vontade de fazer seja o que for, foge, e muitas vezes nem se sabe porquê. Tantos problemas que nos surgem que se torna complicado pensar só num, acabamos por pensar em demasia em todos. A minha vida (e a de muitos) tem andado por aí. É complicado o auto-controlo quando tudo à nossa volta desaba sem que o esperemos.
Mas tudo na vida passa e os dias que nos parecem de chuva tornam-se solarengos.
Para toda a gente que está a passar por um mau bocado: ânimo! "Na vida tudo passa".
Mas tudo na vida passa e os dias que nos parecem de chuva tornam-se solarengos.
Para toda a gente que está a passar por um mau bocado: ânimo! "Na vida tudo passa".
terça-feira, 6 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
Abraça-me
"Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas.
Abraça-me.
Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu
possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.
Abraça-me.
Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me.
Uma vez só.
Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes."
Joaquim Pessoa, em 'Ano Comum'
Abraça-me.
Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me.
Uma vez só.
Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes."
Joaquim Pessoa, em 'Ano Comum'
Música do dia - (I'm complete in love for this music)
Bruno Mars - Our first time
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, baby?
'Cause it's so brand new, babe
It's so brand new, baby
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, baby?
'Cause it's so brand new, babe
It's so brand new, baby
Girl, here we are
Girl, here we are
In this big old empty room
Starin' at each other
Who's gonna make the first move
Been doin' our thing for a minute
Been doin' our thing for a minute
And now both our hearts are in it
The only place to go is all the way
Is that alright? Is that okay?
Is that alright? Is that okay?
Girl, no need to be nervous
'Cause I got you all night
Don't you worry about a thing, no, no, no
Just go with it, go with it, go with it
Just go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with it
It's our first time, go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with it
It's our first time
Clothes are not required
Clothes are not required
For what we got planned
Oh girl, you're my desire
Your wish is my command
Treat you like a princess
Treat you like a princess
Ooh girl, you're so delicious
Like ice cream on a sunny day
Gonna eat you before you melt away, yeah
Is that alright? Is that okay?
Is that alright? Is that okay?
Girl, no need to be nervous
'Cause I got you all night
Don't you worry about a thing, no, no, no
Just go with it, go with it, go with it
Just go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with it
It's our first time, go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with itIt's our first time
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, baby?
'Cause it's so brand new, babe
It's so brand new, baby
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, babe?
Don't it feel good, baby?
'Cause it's so brand new, babe
It's so brand new, baby
Just go with it, go with it, go with it
Just go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with it
It's our first time, go with it, go with it, go with it
And I will go real slow with it, slow with it
It's our first time
sábado, 3 de novembro de 2012
Desabafos (III)
Descubro que afinal sou egoísta e que não me sei pôr no lugar das outras pessoas e isso incomoda-me. Está claro, devo ter dupla personalidade ou algo esquisito assim. Temos que trabalhar nisto!
O menino d'olhos de gigante (excerto) - Almada Negreiros
Dizem que sou eu, o Menino d'Olhos de Gigante; e eu juro, pela minha boa sorte que não sou só eu!
Dedicatória d'o Menino d'Olhos de Gigante feito com a pretensão de poema universal, na linguagem poética da tonteria popular e com uma posição geográfica portuguesa.
Ao Ar, à Luz, ao Fogo, à Terra e à Água, como recordação dos nossos encontros.
Há um gigante da serra!
É um gigante tamanho
qu'a gente sente o gigante
mas não lhe vê o tamanho!
É tão grande o gigante
qu'a gente vê-lhe um pedaço
mas aonde o gigante acaba
já a vista não alcança.
Conhece o gigante a serra
e anda sempre escondido,
ora s'esconde no vento
ora finge que é luar,
ora se mistura na terra
e muitas vezes no ar,
cuida a gente que é o mar
qu'stá de longe a falar,
cuida a gente que são nuvens
que andam pla serra a passar,
cuida a gente andar na serra
e no gigante vai andar!
Esta, que se vai contar
não é história já contada,
foi pela serra ao luar
durante a noite rimada.
Lá em baixo a descansar
'stava a cidade deitada:
tão pequenos os telhados
vistos do alto da serra
qu'era os olhos d'espantar
e de não se acreditar
ter por baixo dos telhados
grandes casas d'habitar.
(...)
Pela serra ao luar
ia um menino sozinho
sem sono para se deitar.
Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono para se deitar?
Ia o menino a pensar
que há tanto por pensar
e a cidade a descansar.
Ia o menino a pensar
que se nasce para pensar
e nunca pra descansar.
Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono para se deitar.
Ia o menino a pensar
para nunca descansar
e ficar sempre a pensar.
Quem dorme sem ter pensado
deve ter sono emprestado,
não é sono bem ganhado.
Ia o menino a pensar
como poder arranjar
muita força para pensar.
Ia o menino a arranjar
muita força para pensar
e o próprio sono ganhar!
Veio o gigante do norte
disfarçado com o luar,
julgava que eu dormia,
começa a tirar-me os olhos.
Dá-me os meus olhos, gigante,
dá-me os meus olhos, ladrão!
Os olhos nunca se tiram
não servem senão ao dono.
Dá-me os meus olhos, gigante
qu'em mim é qu'os tinham posto!
Olha que Deus não s'engana
ao pôr os olhos em cada um.
Bem sei que eu sou menino
mas esses olhos são meus,
se são olhos de gigante
foram postos 'qui por Deus.
T'és gigante no tamanho
e eu sou gigante nos olhos
é Deus que quer assim
não me rapines os olhos.
Meus olhos são de gigante,
eu bem sei, eu já os vi
não é novidade nenhuma
que tu me dás, oh gigante!
Bem sei que eu sou menino
também que valho bastante,
no me corpo pequenino
pôs Deus olhos de gigante.
Não troco meus olhos por nada,
nem plo teu corpo, gigante!
O teu corpo é grande a mais
pra que caiba no jardim.
Eu sou do tamanho certo
que cabe por toda a parte
eu ando atrás dos meus olhos
'té onde forem parar,
não sou como tu, gigante,
olhos d'outros a roubar.
Não invejo o teu tamanho
que só cabe às escondidas
por onde eu gosto de andar
às claras pra toda a gente.
Não abuses do tamanho
não sei se sabes, gigante,
que Deus castiga com força
quem rouba o que é dos outros.
Os meus olhos de gigante
não pesam no meu tamanho,
quero tanto aos meus olhos
que os rasgo duma vez
se tu mos quiseres tirar.
Assim não pod'rás tu vir,
nunca mais, ouviste bem?
plos meus olhos espreitar.
Sim, sim, oh meu gigante!
não julgues, por ser menino,
não saiba fingir que durmo
quando vens todas as noites
espreitar plos meus olhos
que Deus na cara me pôs!
Talvez tenhas razão,
qu'reres meus olhos roubar,
porque um gigante sem olhos
não poderá gigantar.
Meus olhos não posso dar
nem os deixarei tirar,
mas se queres ver a lua
lá do castelo no ar
dou-te licença, gigante,
plos meus olhos espreitar;
mas não creio que tu saibas,
como eu, aproveitar
estes olhos de gigante
que Deus me deu para olhar.
Se tu quiseres combinar
pra vires todas as noites
plos meus olhos espreitar
é bem melhor para ti,
porque no caso contrário
eu já 'stou bem prevenido
e rasgo os olhos duma vez
antes que mos tir's de mim.
Tu tens corpo de gigante
falta-te olhos arranjar.
Os meus olhos de gigante
num tamanho de menino
obriguem-me a procurar
mim maneiras d'auguentar
o meu corpo pequenino
até que possa ficar
pró tamanho dos meus olhos;
e nunca pensei roubar
o teu corpo de gigante
que nem olhos sequer tem,
porque, juro-te, o teu corpo
a mim de nada serve
pois do que preciso agora
apenas tamanho tem.
Faze tu, como eu, gigante!
esses olhos que te deram
por pequeninos que sejam
faze tu pròs auguentar
até que possas olhar
sem teres de vir espreitar
plos meus olhos de gigante.
As meninas dos meus olhos
estão sempre a admirar
o meu corpo de menino
qu'está sempre a auguentar
para os meus olhos ganhar.
Todo o gigante que seja
começou por pequenino,
e Deus nunca fez gigantes
sempre Deus só fez meninos,
sempre Deus dá o bastante
pra que se faça gigante
ainda o mais pequenino.
Mas os gigantes d'agora
não são como antigamente
nã'é no tamanho que o são
é nos olhos da cara.
Foi Deus que pensou melhor
e conseguiu arranjar
pra que os gigantes d'agora
se pudessem governar
co'o corpo pequenino.
(...)
(Complexos que o senhor tinha com os olhos... )
Dedicatória d'o Menino d'Olhos de Gigante feito com a pretensão de poema universal, na linguagem poética da tonteria popular e com uma posição geográfica portuguesa.
Ao Ar, à Luz, ao Fogo, à Terra e à Água, como recordação dos nossos encontros.
Há um gigante da serra!
É um gigante tamanho
qu'a gente sente o gigante
mas não lhe vê o tamanho!
É tão grande o gigante
qu'a gente vê-lhe um pedaço
mas aonde o gigante acaba
já a vista não alcança.
Conhece o gigante a serra
e anda sempre escondido,
ora s'esconde no vento
ora finge que é luar,
ora se mistura na terra
e muitas vezes no ar,
cuida a gente que é o mar
qu'stá de longe a falar,
cuida a gente que são nuvens
que andam pla serra a passar,
cuida a gente andar na serra
e no gigante vai andar!
Esta, que se vai contar
não é história já contada,
foi pela serra ao luar
durante a noite rimada.
Lá em baixo a descansar
'stava a cidade deitada:
tão pequenos os telhados
vistos do alto da serra
qu'era os olhos d'espantar
e de não se acreditar
ter por baixo dos telhados
grandes casas d'habitar.
(...)
Pela serra ao luar
ia um menino sozinho
sem sono para se deitar.
Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono para se deitar?
Ia o menino a pensar
que há tanto por pensar
e a cidade a descansar.
Ia o menino a pensar
que se nasce para pensar
e nunca pra descansar.
Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono para se deitar.
Ia o menino a pensar
para nunca descansar
e ficar sempre a pensar.
Quem dorme sem ter pensado
deve ter sono emprestado,
não é sono bem ganhado.
Ia o menino a pensar
como poder arranjar
muita força para pensar.
Ia o menino a arranjar
muita força para pensar
e o próprio sono ganhar!
Veio o gigante do norte
disfarçado com o luar,
julgava que eu dormia,
começa a tirar-me os olhos.
Dá-me os meus olhos, gigante,
dá-me os meus olhos, ladrão!
Os olhos nunca se tiram
não servem senão ao dono.
Dá-me os meus olhos, gigante
qu'em mim é qu'os tinham posto!
Olha que Deus não s'engana
ao pôr os olhos em cada um.
Bem sei que eu sou menino
mas esses olhos são meus,
se são olhos de gigante
foram postos 'qui por Deus.
T'és gigante no tamanho
e eu sou gigante nos olhos
é Deus que quer assim
não me rapines os olhos.
Meus olhos são de gigante,
eu bem sei, eu já os vi
não é novidade nenhuma
que tu me dás, oh gigante!
Bem sei que eu sou menino
também que valho bastante,
no me corpo pequenino
pôs Deus olhos de gigante.
Não troco meus olhos por nada,
nem plo teu corpo, gigante!
O teu corpo é grande a mais
pra que caiba no jardim.
Eu sou do tamanho certo
que cabe por toda a parte
eu ando atrás dos meus olhos
'té onde forem parar,
não sou como tu, gigante,
olhos d'outros a roubar.
Não invejo o teu tamanho
que só cabe às escondidas
por onde eu gosto de andar
às claras pra toda a gente.
Não abuses do tamanho
não sei se sabes, gigante,
que Deus castiga com força
quem rouba o que é dos outros.
Os meus olhos de gigante
não pesam no meu tamanho,
quero tanto aos meus olhos
que os rasgo duma vez
se tu mos quiseres tirar.
Assim não pod'rás tu vir,
nunca mais, ouviste bem?
plos meus olhos espreitar.
Sim, sim, oh meu gigante!
não julgues, por ser menino,
não saiba fingir que durmo
quando vens todas as noites
espreitar plos meus olhos
que Deus na cara me pôs!
Talvez tenhas razão,
qu'reres meus olhos roubar,
porque um gigante sem olhos
não poderá gigantar.
Meus olhos não posso dar
nem os deixarei tirar,
mas se queres ver a lua
lá do castelo no ar
dou-te licença, gigante,
plos meus olhos espreitar;
mas não creio que tu saibas,
como eu, aproveitar
estes olhos de gigante
que Deus me deu para olhar.
Se tu quiseres combinar
pra vires todas as noites
plos meus olhos espreitar
é bem melhor para ti,
porque no caso contrário
eu já 'stou bem prevenido
e rasgo os olhos duma vez
antes que mos tir's de mim.
Tu tens corpo de gigante
falta-te olhos arranjar.
Os meus olhos de gigante
num tamanho de menino
obriguem-me a procurar
mim maneiras d'auguentar
o meu corpo pequenino
até que possa ficar
pró tamanho dos meus olhos;
e nunca pensei roubar
o teu corpo de gigante
que nem olhos sequer tem,
porque, juro-te, o teu corpo
a mim de nada serve
pois do que preciso agora
apenas tamanho tem.
Faze tu, como eu, gigante!
esses olhos que te deram
por pequeninos que sejam
faze tu pròs auguentar
até que possas olhar
sem teres de vir espreitar
plos meus olhos de gigante.
As meninas dos meus olhos
estão sempre a admirar
o meu corpo de menino
qu'está sempre a auguentar
para os meus olhos ganhar.
Todo o gigante que seja
começou por pequenino,
e Deus nunca fez gigantes
sempre Deus só fez meninos,
sempre Deus dá o bastante
pra que se faça gigante
ainda o mais pequenino.
Mas os gigantes d'agora
não são como antigamente
nã'é no tamanho que o são
é nos olhos da cara.
Foi Deus que pensou melhor
e conseguiu arranjar
pra que os gigantes d'agora
se pudessem governar
co'o corpo pequenino.
(...)
(Complexos que o senhor tinha com os olhos... )
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Música do dia - fado (Amália)
Maldição - Amália Rodrigues
Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.
Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,
A mim odeio sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia,
Canto e choro todo dia,
Sou feliz e desgraçada.
Que sina a tua, meu peito,
Que nunca estás satisfeito,
Que dás tudo... e não tens nada.
Na gelada solidão,
Que tu me dás coração,
Não é vida nem é morte:
É lucidez, desatino,
De ler no próprio destino
sem poder mudar-lhe a sorte...
Desabafos (II)
Poucas vezes vou escrevendo e com testes já à porta o tempo é pouco, além disto, ainda a vontade de escrever é pouca, pois tenho andado ultimamente muito triste. Antes não existiam (ou não sabia) quais eram os motivos, de há uns dias atrás houve um grande motivo para andar assim.
Além disto, também tenho andado muitíssimo desconcentrada e com pouca vontade de fazer fosse o que fosse (viver está incluído, se bem que não penso em suicídios nem nada do género), mas a força de vontade escasseia, até para estudar, quanto mais para o resto.
Não sei se será depressão (sendo agora ultimamente moda, vai na volta e lá a apanhei um dia no autocarro, ou no metro, que são veículos com elevadas taxas de transmissão de doenças) mas sei que tenho que cuidar dela para que não torne a minha vida, seja ela onde for, dolorosa. Para uma rapariga nova como eu, ter um peso destes em cima não é bom ...
Além disto, também tenho andado muitíssimo desconcentrada e com pouca vontade de fazer fosse o que fosse (viver está incluído, se bem que não penso em suicídios nem nada do género), mas a força de vontade escasseia, até para estudar, quanto mais para o resto.
Não sei se será depressão (sendo agora ultimamente moda, vai na volta e lá a apanhei um dia no autocarro, ou no metro, que são veículos com elevadas taxas de transmissão de doenças) mas sei que tenho que cuidar dela para que não torne a minha vida, seja ela onde for, dolorosa. Para uma rapariga nova como eu, ter um peso destes em cima não é bom ...
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Professores de matemática e estatística
Não precisam de nos mostrar as demonstrações dos teoremas nas aulas, nós acreditamos no que nos dizem! :)
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Lá me lembrei e é bem verdade
"O plágio é a forma mais ingénua de admiração literária".
Ricardo Piglia
Ricardo Piglia
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Mentira e Poesia - Almada Negreiros (excerto)
"O direito à mentira é a melhor arma de defesa pessoal.
Mentira sem simpatia é a imbecilidade. Mentira e simpatia é a Poesia.
A mentira é o único processo para convencer os outros de que somos como eles nos querem. Como se vê, os culpados são os mentidos, os que não acreditam em mentiras.
Mas a verdadeira mentira é o sonho. O sonho é a grande prova do fenómeno pessoal da individuação: no sonho atingimos o que ainda não somos!"
Mentira sem simpatia é a imbecilidade. Mentira e simpatia é a Poesia.
A mentira é o único processo para convencer os outros de que somos como eles nos querem. Como se vê, os culpados são os mentidos, os que não acreditam em mentiras.
Mas a verdadeira mentira é o sonho. O sonho é a grande prova do fenómeno pessoal da individuação: no sonho atingimos o que ainda não somos!"
I want that moment! I want that person...
"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça… Deus te mandou um presente: O Amor."
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Violência sexual
Sei que nunca devemos falar da nossa vida em público, mas já que sou lida por um número relativo de pessoas, aproveito para mostrar este vídeo que recebi por e-mail (da APAAV) e que fala de um assunto muito pouco conhecido e, por isso, falado: a violência sexual.
Tenho 22 anos e já passei por isso, infelizmente... A violência sexual, se não for "parada" pode levar muitas vezes à violação e, ao contrário do que dizem, não são as vítimas que têm a culpa (embora seja assim que se fiquem a sentir após um episódio destes). Cheguei inclusive a ter muita vergonha de mim mesmo porque acreditei que realmente a culpa tinha sido minha (tinha 18 anos na altura e o homem que me tentou embebedar tinha mais que 50...), agora já estou mais madura e já não tenho vergonha de o admitir, se bem que na altura foi um choque enorme e teve consequências más para a minha vida.
Não sou, não fui, nem serei a única, por isso, já estou farta que após o "Não!" as pessoas em questão não parem. Se alguém, por pesquisa, vier "cair" aqui e já tenha passado ou esteja a passar por isso: não deixem de fazer queixa, a culpa não é vossa.
Tenho 22 anos e já passei por isso, infelizmente... A violência sexual, se não for "parada" pode levar muitas vezes à violação e, ao contrário do que dizem, não são as vítimas que têm a culpa (embora seja assim que se fiquem a sentir após um episódio destes). Cheguei inclusive a ter muita vergonha de mim mesmo porque acreditei que realmente a culpa tinha sido minha (tinha 18 anos na altura e o homem que me tentou embebedar tinha mais que 50...), agora já estou mais madura e já não tenho vergonha de o admitir, se bem que na altura foi um choque enorme e teve consequências más para a minha vida.
Não sou, não fui, nem serei a única, por isso, já estou farta que após o "Não!" as pessoas em questão não parem. Se alguém, por pesquisa, vier "cair" aqui e já tenha passado ou esteja a passar por isso: não deixem de fazer queixa, a culpa não é vossa.
(Fica aqui o link da página http://apav.pt/apav_v2/index.php/pt/351-depois-do-nao-para-campanha-de-prevenc-a-o-da-viole-ncia-sexual-no-ensino-superior )
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
"A tristeza que me partilhas
sinto-a eu na minha alma,
como se fora eu a viver
a tua vida sem qualquer calma.
Sinto-me ansioso e distante,
triste e magoado,
como se o amor que te recusam
fora a mim recusado.
Minha beldade pura,
não haverá sentimento igual
que aquele que te dedico
do que de quem te quer mal?
Porque ainda insistes
em partilhar o teu amor
em alguém que não o quer,
se tens outro alguém que te ama
e te deseja intensamente
e contigo quer viver?
Minha princesa encantada,
dona do meu carinho,
dá-me a benção do teu amor
e te darei a maior
de todas as riquezas,
viver feliz ao meu lado
ter tudo o que desejas.
Quero-te fazer feliz,
ver-te feliz ao meu lado
só não suporto sentir
o teu coração magoado."
Portugal e agricultura
Agora, em Portugal, reparámos que podemos fazer agricultura e que é a base da alimentação humana... Também reparámos agora que só comprando o que é português é que a economia do país cresce.
Andamos assim um bocadinho distraídos, não?
Andamos assim um bocadinho distraídos, não?
Deus egípcio Thot
Também conhecido como Zehuti, Tehuti ou Thoth, era o deus egípcio da magia e de todos os ramos de sabedoria e das artes, a quem se atribuía a invenção da escrita hieroglífica. Aparece como filho de Seb (ou Geb) e de sua irmã Nuit (também chamada de Nut), ou como primogénito de Rê, sendo irmão de Nephtys, Seth e Ísis. Também se diz ter brotado da cabeça de Seth, tal como Atena. O seu nome significa três vezes muito, muito grande. Era usualmente representado com corpo humano encimado por uma cabeça de íbis com um quarto crescente de lua no topo (por ser uma divindade lunar) e segurando uma tábua de escrita e um estilete, apesar de também haverem representações suas com cabeça de cão (ou animal semelhante), como um íbis completo ou como um macaco (animal noturno).
Distinguia as boas das más palavras, e representava a magia da palavra que era escrita, assim como o juízo que distinguia o bem do mal. Era o arquivista e secretário das reuniões divinas, passando o que era dito para o papel.
A enorme sabedoria de que era detentor fazia com que numa altura primordial fosse considerado o deus da Lua, a quem curava das feridas que Seth lhe fazia constantemente e cujas fases marcavam a passagem cronológica.
Hermes Trismegisto, o inventor da alquimia e mensageiro dos deuses, identificava-se com Thot.
A sabedoria de que era detentor fez com que fosse chamado para arbitrar conflitos, como o de Hórus contra Seth e o de Tefnut e seu pai Rê. Era também ele quem interrogava os candidatos à vida no além no julgamento depois da morte, pesando depois os corações deles e ajuizando o resultado, favorável ou não.
Este deus escreveu o "Livro de Thot", que continha segredos de poderes como os de perceber a linguagem dos animais, de conseguir olhar para o Sol diretamente, de ressuscitar aqueles que tinham morrido e do poder sobre os elementos do Universo. As variadíssimas cópias feitas deste livro salvaram-no da total extinção tentada por personagens que foram desde um faraó até à Inquisição. Quando o possuidor se vangloria de possuir uma versão que sobreviveu a um desastre, logo outro lhe acontece.
Diz-se que o baralho de cartas do Tarot, relacionado com a adivinhação, é uma versão deste livro mágico, daí que lhe tenha sido dado esse nome.
(o meu deus egípcio...)
domingo, 7 de outubro de 2012
"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…"
Fernando Pessoa
Como eu não possuo
"Como eu desejo a que ali vai na rua,
tão ágil, tão agreste, tão de amor…
Como eu quisera emaranhá-la nua,
bebê-la em espasmos de harmonia e cor!…
Desejo errado… Se eu a tivera um dia,
toda sem véus, a carne estilizada
sob o meu corpo arfando transbordada,
nem mesmo assim – ó ânsia! – eu a teria…
Eu vibraria só agonizante
sobre o seu corpo de êxtases dourados,
se fosse aqueles seios transtornados,
se fosse aquele sexo aglutinante…
De embate ao meu amor todo me ruo,
e vejo-me em destroço até vencendo:
é que eu teria só, sentindo e sendo
aquilo que estrebucho e não possuo."
tão ágil, tão agreste, tão de amor…
Como eu quisera emaranhá-la nua,
bebê-la em espasmos de harmonia e cor!…
Desejo errado… Se eu a tivera um dia,
toda sem véus, a carne estilizada
sob o meu corpo arfando transbordada,
nem mesmo assim – ó ânsia! – eu a teria…
Eu vibraria só agonizante
sobre o seu corpo de êxtases dourados,
se fosse aqueles seios transtornados,
se fosse aquele sexo aglutinante…
De embate ao meu amor todo me ruo,
e vejo-me em destroço até vencendo:
é que eu teria só, sentindo e sendo
aquilo que estrebucho e não possuo."
Mário de Sá-Carneiro
E por que haverias de querer… (Hilda Hilst)
"E por que haverias de querer minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me. "
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me. "
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