quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Deus egípcio Thot




Também conhecido como Zehuti, Tehuti ou Thoth, era o deus egípcio da magia e de todos os ramos de sabedoria e das artes, a quem se atribuía a invenção da escrita hieroglífica. Aparece como filho de Seb (ou Geb) e de sua irmã Nuit (também chamada de Nut), ou como primogénito de Rê, sendo irmão de Nephtys, Seth e Ísis. Também se diz ter brotado da cabeça de Seth, tal como Atena. O seu nome significa três vezes muito, muito grande. Era usualmente representado com corpo humano encimado por uma cabeça de íbis com um quarto crescente de lua no topo (por ser uma divindade lunar) e segurando uma tábua de escrita e um estilete, apesar de também haverem representações suas com cabeça de cão (ou animal semelhante), como um íbis completo ou como um macaco (animal noturno).
Distinguia as boas das más palavras, e representava a magia da palavra que era escrita, assim como o juízo que distinguia o bem do mal. Era o arquivista e secretário das reuniões divinas, passando o que era dito para o papel.
A enorme sabedoria de que era detentor fazia com que numa altura primordial fosse considerado o deus da Lua, a quem curava das feridas que Seth lhe fazia constantemente e cujas fases marcavam a passagem cronológica.
Hermes Trismegisto, o inventor da alquimia e mensageiro dos deuses, identificava-se com Thot.
A sabedoria de que era detentor fez com que fosse chamado para arbitrar conflitos, como o de Hórus contra Seth e o de Tefnut e seu pai Rê. Era também ele quem interrogava os candidatos à vida no além no julgamento depois da morte, pesando depois os corações deles e ajuizando o resultado, favorável ou não.
Este deus escreveu o "Livro de Thot", que continha segredos de poderes como os de perceber a linguagem dos animais, de conseguir olhar para o Sol diretamente, de ressuscitar aqueles que tinham morrido e do poder sobre os elementos do Universo. As variadíssimas cópias feitas deste livro salvaram-no da total extinção tentada por personagens que foram desde um faraó até à Inquisição. Quando o possuidor se vangloria de possuir uma versão que sobreviveu a um desastre, logo outro lhe acontece.
Diz-se que o baralho de cartas do Tarot, relacionado com a adivinhação, é uma versão deste livro mágico, daí que lhe tenha sido dado esse nome.


(o meu deus egípcio...)

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