domingo, 17 de junho de 2012
Carta ao sr. Primeiro Ministro (escrita por mim)
Sr Primeiro Ministro,
Antes de mais, os meus sinceros cumprimentos e espero que tenha passado muito bem a semana - isto com este calor ninguém aguenta, mas pronto, o tempo tem andado assim, ora frio ora calor. Espero que por essas bandas (não me tenho deslocado muito à capital) as coisas estejam melhorzinhas, por cá nem por isso.
Escrevo-lhe esta carta porque considero que as coisas andam muito malparadas e a malta só reclama e não diz nada. Então, decidi-me corajosamente a escrever esta humilde cartinha com a esperança que o sr. Coelho me tome em consideração.
Em primeiro lugar, gostaria só de dizer que numa coisa concordo consigo: a culpa de Portugal estar a passar uma grande crise é nossa. Sim, leu bem, concordo plenamente! E isto por várias razões: primeiro, porque realmente o povo gosta de gastar mais do que o que tem (já sabe como é: passar os dias inteiros na esplanada do café - excepto no Inverno que tá frio e chove - e usar roupa de marca (quem diz roupa, diz carros, casas, ir de férias,...) mesmo sem ter dinheiro para a comprar, é sempre bonito aos olhos dos outros, que obrigatóriamente têm uma vida sempre pior que a nossa), depois porque conseguimos ser parvos ao ponto de ainda escolher políticos (olhe, lá como o sr. Alberto Jardim que tem a mania que pode tudo) para, supostamente, nos representarem, e o que fazem é roubar o dinheiro que pagamos para o Estado.
Também lhe digo... um dia quando pararem de nos tirar o dinheiro e o passarem a usar como deve ser (saúde pública, educação, ajuda social, enfim, o básico) em vez de o porem nos vossos bolsos, talvez o país se endireite (digo eu, vá) e aí nem vai ser preciso emigrar para lado nenhum. Entretanto, convinha que compreendessem que o povo é que manda aqui, não vocês. Vocês são apenas nossos representantes e, se bem se lembram há uns anos atrás (só vou falar de 2 eventos porque dos outros não me recordo bem e também estes chegam) um rei e um filho foram assassinados (epah, cansámo-nos da monarquia) para implantar a República e, muitos anos mais tarde, fizémos uma revolução com cravos nas armas dos militares sem qualquer derrame de sangue (olhe, cansámo-nos da ditadura...) só porque queríamos a democracia. Portanto, só por aí devia recordar-se que o povo quando se aborrece, logo arranja maneira de se entreter e, qualquer dia - lá está, digo eu na minha ingenuidade - as coisas ficam mal para o vosso lado.
Por último, queria voltar a um assunto que já mencionei mas sobre o qual não me exprimi o suficiente: Oh, homem, emigrar?!...
Pronto, com isto terminei.
Espero não ter sido muito longa e não o ter aborrecido com assuntos demasiado banais - isto quando se fala da economia do país uma pessoa até se esquece do resto - e com esta me despeço.
Os meus sinceros cumprimentos para si e para a sua senhora e, sff, mande beijinhos ao resto da malta da Assembleia por mim!
De uma desempregada recém-licenciada :)
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1 comentário:
Eles fazem o que mais lhes convém...
Tolo é quem os elegeu!!
(E pelos vistos este país está cheínho de tolinhos...)
Beijos,
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