Encontrei esta entrevista pela Internet (http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/bernard-charlot-conflito-nasce-quando-professor-nao-ensina-609987.shtml) e chamou-me a atenção. Como ainda sou estudante interessa-me aquilo que aqui é dito, porque de facto quando se trata de professores e alunos há mesmo 2 línguas a serem faladas: a do professor e a do aluno. Enquanto que um tem uma lógica no estudo, o outro tem outra...e por isso muitas vezes as notas são diferentes. A mim já me aconteceram várias histórias que hoje em dia me lembro e ainda há pouco tempo aconteceu-me o mesmo que está escrito na entrevista, pensei que tivesse estudado e tivesse boa nota mas afinal não. Fiquei chateada, comigo, com o professor, mas depois tentei perceber o porquê mentalmente. E cheguei a uma conclusão: se ele pede uma coisa que os meus colegas devem ter feito mas que eu sei que não fiz (e sei mesmo) como poderia achar a nota injusta? Existem injustiças, e hão-de continuar a existir, mas há que saber ter sabedoria para ver a diferença entre uma coisa justa e injusta e principalmente, não tirar conclusões precipitadas sem antes se pensar sobre o assunto.
Mas uma das coisas que me apercebi em mim e na forma de estudar (ainda estou em fase de conhecimento de mim mesma mas é o que sinto neste momento) é que parece que não consigo compreender as coisas facilmente sobre pressão. Só se eu própria, sozinha, colocar na cabeça que quero saber mais sobre alguma coisa. Assim, pego nas coisas e consoante o meu gosto vou lendo, relendo e compreendendo e tudo aquilo que sei hoje, tudo salvo seja, tudo o que eu sempre desejei saber, consegui-o por sozinha o desejar. Sem pressões, sem sentimentos de incapacidade e sem forçar.
Por esses motivos todos (motivos que só me foram úteis há anos atrás, antes de entrar num patamar elevado como é actualmente a universidade) acho que as coisas não me têm andado a correr bem desde então. Não consigo obrigar-me a mim mesma a estudar e quanto mais obrigada sou menos compreendo as coisas e menos elas me entram. A juntar a isto, algum problema qualquer de confiança (sei lá) faz com que eu seja alguém com uma compreensão lenta para umas coisas, mas ao que parece bastante rápida para outras (quando trabalho em algo novo, mesmo com pouco jeito de início e mesmo depois de desesperar se sinto demasiada pressão e não consigo compreender como se faz, acabo por fazer e bem). Eu relembro várias vezes o quanto era uma excelente aluna em outros tempos por tentar perceber o que aconteceu desde então. Já ouvi dizer que a inteligência pode ser grande num miúdo, mas quando em adulto já não, mas terá sido isso que aconteceu ou foram também outros factores envolvidos?
Não é que me importe com isso, pois o meu objectivo não é ser "aluna profissional", mas é muito complicado num mundo tão competitivo como é o escolar (sim, é mesmo) e em que alguns professores nos rebaixam dando a crer que não somos pessoas competentes ou inteligentes (acreditem que isso para uma pessoa com pouca confiança é uma coisa complicada) só porque não conseguimos perceber logo uma coisa. Para mim faz com que tenha de me controlar para não pensar que sou uma incapaz... Mas com o tempo e com um maior auto-conhecimento vou cada vez mais tendo bons frutos com isso.
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