"Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando..."
Florbela Espanca
2 comentários:
Que poema tão intenso.
É dos mais avassaladores.
Adoro a Florbela.
Viste o filme sobre ela?
Um beijinho
Vi na RTP e adorei! Foi lindo! Já tinha ideias acerca da vida dela, mas nunca imaginei.
Beijos
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