As pessoas vêem, julgam, apontam o dedo e tiram as suas próprias conclusões baseadas em julgamentos superficiais.
Não é que me incomode e a minha vida pare com isso, não é que por apontar isto as pessoas deixem de simplesmente apontar o dedo, porque o hão-de continuar a fazer sempre. Mas vamos lá ser realistas: lá por não conhecermos uma pessoa e a julgarmos consoante os nossos interesses, o facto de nos desiludirmos ou maravilharmos com alguém, não está apenas dependente da nossa visão das outras pessoas? Isto, quando alguém não faz propositadamente para parecer aquilo que não é.
Se eu acho que alguém que eu conheço, por exemplo, parece uma pessoa estúpida e que deve tanto à inteligência como uma caixa de areia (metáfora estúpida, agora), será um elogio quando lhe digo: "Afinal não és tão parva como eu pensava?" Para mim, não. A interpretação que faço dos outros e aquilo que acho deles, só a mim me dizem respeito.
Por isso, nem ligo já, quando fazem comentários do género: ""Ninguém diria que ela era assim." ou "Nunca pensei que me pudesses surpreender desta forma. Julgava-te outra."
Aparências são aparências. Será que nós, como seres humanos, ainda não percebemos que por mais que não tenhamos consciência, julgamos as outras pessoas sempre? Que devíamos olhar para nós próprios ao tirar conclusões sobre os outros? Eu já me arrependi de muita coisa... e cada vez tomo mais consciência que eu sou alguém que tem uma grande tendência a julgar baseando nas aparências. É algo que certamente tenho que mudar. Mas também sei que nem toda a gente tem a mesma consciência que eu. Ainda assim, custa ver quando alguém se arma em "dono da moral e dos bons costumes" e aponta o dedo, tendo telhados de vidro...
1 comentário:
Julgar é sempre mau, de ânimo leve ou com grandes pensamentos por detrás.
O respeito e as diferenças deveriam enriquecer-nos.
Beijinhos
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