domingo, 27 de janeiro de 2013

This is the end of the world


(Sinfonia 2012 - Pedro Diaz & Unik pres. Archybak feat. Phil G)


Dia 21 de Dezembro de 2012 não foi o fim do mundo, foi o começo do fim do mundo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estudar "arranjado/a"

Em algum sítio li que para estudar devemos de nos arranjar e pôr bonitas... porque é quase que um "encontro" que vamos ter com o estudo. Bolas, se for preciso até vou de lingerie estudar estatística!
O que a mim me interessa é que valha a pena as horas gastas com estudo, não muito a forma como estou vestida ou arranjada. Mas percebe-se o ponto de vista.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Há dias!



Há dias mesmo em que não sei que faça... Fico extremamente cansada e triste e é nesses mesmos dias que mais preciso dos outros, de estar com alguém, de ter com quem falar. É nesses dias que mais me sinto sozinha. Hoje é um desses dias.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Inconstância



"Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando..."

Florbela Espanca


:(



Não percebo se a minha roupa encolheu toda com a secagem na máquina ou eu é que engordei...

domingo, 20 de janeiro de 2013

Era só isto

Odeio aqueles motoristas dos autocarros que pensam que estão a conduzir um Ferrari...

sábado, 19 de janeiro de 2013

Homens e Animais

Este senhor tem uma colecção fantástica de fotos de animais com os seus donos. Visitem o site: http://www.yannarthusbertrand.org/


A three-year-old Breton horse


Fotos por Yann Arthus-Bertrand

Parabéns !


Já lá estive a roubar o selo oferecido pela Pérola .... faz 1 ano que anda pela blogosfera, por isso, não é de mais desejar: Parabéns (outra vez).

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Curiosidades do mundo genético


Liam Hoekstra é uma criança que produz de forma deficiente miostatina, possuindo 40% a mais de massa muscular do que uma criança normal. Esta manifestação de hipertrofia muscular é fruto de uma mutação num dos genes responsáveis pelo crescimento. Os músculos desenvolvem-se exageradamente, mas os órgãos não acompanham o desenvolvimento, acabando os animais, por viver menos tempo que os ditos "normais". 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Depressão em animais

Há umas semanas durante a interpretação de um artigo científico, por diversas vezes afirmarem que aos animais do artigo lhes foi diagnosticada depressão (bovinos de carne que pastaram em terrenos com elevados níveis de um metal - não me recordo qual - e quem fez o estudo tentou perceber o porquê dos sintomas de doença que eles apresentavam, no final, descobriram que tinha sido por intoxicação) e isto suscitou-me a dúvida de: como saber que um animal está deprimido?
Sabe-se que a depressão é um estado psicossomático e até mesmo nos humanos é um pouco difícil de diagnosticar, quando mais nos animais que não podem falar nem dizer o que sentem. Então, hoje lembrei-me de pesquisar e encontrei um outro bom artigo (em inglês) publicado no site da National Geographic:


Sasha Ingber
Published October 4, 2012

Learning more about depression in animals could one day benefit humans, say scientists who believe that mammals share the same basic wiring in their brain for emotions as humans do. (Although not every scientist agrees with that premise.)
In the October 5 issue of Science, Assistant Professor of Neuroscience Olivier Berton and his colleagues at the University of Pennsylvania reviewed recent studies of rodents, primates, and fish who lacked interest in their environment and their fellow animals.
We spoke with Berton about what we do—and don't—know about animal depression.
Do animals get depressed?

Depression is diagnosed in humans based on a list of symptoms that are all very subjective. Common core symptoms include feelings of guilt, thoughts of death, and loss of pleasure. Because animals can't communicate even if they have these kinds of experiences, strictly the answer is: We can't say.

What signs may indicate if an animal is depressed?
There are certain aspects of the disease that may be measured in animals. One of the core symptoms of depression is anhedonia, the decrease and loss of interest in pleasurable activities. We measure interest in food that animals like a lot or in motivation for sexual activity. We also measure how they are interacting socially with other animals in the group, and changes in sleep patterns and daytime activities. Another behavior that has been used frequently to measure animal depression is whether they readily give up when exposed to a stressful situation.

What animals seem to exhibit signs of depression?
Definitely the most convincing observations derive from nonhuman primates. Based on behavioral observation, trained observers can say a monkey looks depressed. Because their emotional behaviors are similar to that of humans, just by looking at their facial expressions or the way their gaze is directed, we can get an indication of whether an animal may be experiencing sadness.

Can you really study animals in this environment?
One problem is that many lab studies in primates and rodents are conducted in captive animals that are raised in relatively impoverished conditions compared to their natural habitat. This can cause depression-like changes. Currently there is not a lot of data available that compares animal emotional behaviors in the wild versus in laboratory setting.

How would animals deal with depression in nature?
I don't know. There are very few systematic studies of this kind. It is possible that behavioral disorders in animals in the wild may impair their chances of survival. Maybe there is a point where they cannot deal and are more easily preyed upon.


Could domestic animals be depressed?
Veterinarians frequently give antidepressants to dogs to treat their behavioral disorders. For example, if an owner leaves the house and the dogs experience stress related to being separated, they may develop abnormal behaviors such as scratching themselves until they bleed or eating the door. These are thought to represent canine versions of psychiatric disorders. Although human treatments seem to work in dogs, large-scale studies are lacking.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Presídio



Nem todo o corpo é carne... Não, nem todo.
Que dizer do pescoço, às vezes mármore,
às vezes linho, lago, tronco de árvore,
nuvem, ou ave, ao tacto sempre pouco...?
    
E o ventre, inconsistente como o lodo?...
E o morno gradeamento dos teus braços?
Não, meu amor... Nem todo o corpo é carne:
é também água, terra, vento, fogo...
   
É sobretudo sombra à despedida;
onda de pedra em cada reencontro;
no parque da memóra o fugidio
  
vulto da Primavera em pleno Outono...
Nem só de carne é feito este presídio,
pois no teu corpo existe o mundo todo!

David Mourão Ferreira

Bom dia!


(de John Singer Sargent)


"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias."

Ricardo Reis

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Procura-se homem

Procura-se homem atencioso que não queira sexo. Oferece-se recompensa. Obrigada.



(Sim, inicialmente o título era diferente, mas optei por querer chamar a atenção. É fruto do desespero... )

Coisas engraçadas que se passam pelo Face(book)

Acho imensa piada aos "homens" de mais de 40 anos que andam pela Internet (como quem diz, Facebook) a tentar engatar miúdas de 20. E assim vão dando bola a uma e a outra até que alguma lá caia na conversa. E ainda dizem que eu é que sou exigente, porra.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Selo de leitura



Este lindo selo foi-me oferecido pela mimosa Pérola e vem acompanhado de três regras:
1 - Referenciar o nome/link de quem mo ofereceu:
Já o disse: Pérola
2 - Indicar 2 livros lidos em 2012:
"O monge que vendeu o seu Ferrari" de Robin Sharma e "Filosofia" de António Saraiva
3 - Indicar 3 livros a ler em 2013:
Ainda não pensei nisso, honestamente, já houve uma altura em que apontava os que queria ler, mas agora já não me recordo quais sejam. Até porque alguns que eu gostava de ler, já li. E assim de momento como não me lembro de nenhum, irei passar à frente este ponto. Entretanto se me quiserem aconselhar, agradeço.
4 - Indicar os blogues para dar continuidade:
Meus caros seguidores, levem-no! Não quero nomear porque perderia muito tempo a nomear-vos a todos (desculpem a franqueza), mas se vos sigo e se deixo comentários nos vossos blogues é porque vos adoro ler. Tanto pela escrita, como pelo que dizem, por isso, merecem-no. Levem-no!

Logaritmos

"A invenção dos logaritmos ( palavra de origem grega:(logos) = tratado, arithmos (ariqmos) = números), deve-se ao matemático escocês John Napier, barão de Merchiston (1550-1617), que se interessou fundamentalmente pelo cálculo numérico e pela trigonometría. Em 1614, e ao fim de 20 anos de trabalho, publicou a  obra Logarithmorum canonis descriptio, onde explica como se utilizam os logaritmos, mas não relata o processo como chegou a eles"

É uma forma de garantir os "Direitos de Autor", cada um lá faz por si... 

O presépio e o Papa

Ando muito desactualizada, mas tinha também de deixar o meu contributo blogosférico por cá. Nesta, aparece: "No livro "A infância de Jesus", Bento XVI faz várias revelações sobre a principal figura do cristianismo. Há poucos dias, o chefe máximo da Igreja Católica disse não existir no presépio qualquer vaca ou burro."

Então se não havia vaca ou burro e se o menino Jesus estava nas palhinhas a dormir, praticamente nu, aquecia-se com o quê? Era a Nossa Senhora e o São José que lhe sopravam para cima?

Isto ainda é pior que virem dizer que não há Pai Natal. Como se isso fosse verdade.


Só um aparte: Este senhor com as pérolazinhas que já mandou ao mundo está a ver se se torna imortal pelas barbaridades que diz. Em vez de preocupar-se a incutir às pessoas que se amem uns aos outros, anda preocupado em incutir que se amem uns aos outros de sexos diferentes e sem preservativo (de preferência, que isso é coisa do diabo). Ao menos um lugar na História já ele arranjou... 

As 50 sombras de Grey

No outro dia tive oportunidade de dar uma espreitadela (como quem diz, folhear) um dos livros mais falados do momento. Já ouvi tecerem tantas críticas (negativas) e elogios ao bom do livro que fiquei com curiosidade de ler alguns trechos só para tirar as minhas próprias conclusões. Não o li todo, claro. Isso é para quem tem tempo para dar e vender, coisa que a mim por agora me falta. E de facto a senhora James tem jeito para a escrita, pois gostei de ler, e inclusive a história dos dois personagens, mesmo não sendo nada por aí além, era interessante ao ponto de despertar curiosidade e levar à continuação da leitura. Mas agora as cenas de sexo...achei um exagero dedicar um capítulo inteiro a descrever o que se faz, o que não se faz, como vai fazer, como não faz, e põe aquilo ali e põe aquilo aqui e depois tira, mais ele a dizer-lhe que lhe ensina a fazer não sei o quê (a moça em questão é virgem) e depois que a ensina a fazer mais não sei o quê.
Bem, com tantos ensinamentos chegamos a cansar-nos do livro (eu pelo menos).
As cenas mais picantes são as que dão alma ao livro, sem dúvida, mas parece-me a mim que foi feito para quem é adepto de cenas sexuais (pornográficas/eróticas) sem se perceber muito bem a diferença. Não é um livro para ler e adorar, não é um livro para ler quem gosta de ler, é um livro para ler quem gosta de sexo.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Mudança

Cada vez que o tempo passa chego à conclusão que não me arrependo nada das minhas escolhas. Sempre optei por fazer aquilo que achava melhor mesmo quando me diziam o contrário. Sempre preferi ser diferente e optar pelo mais difícil, mas nunca me arrependi. E agora cada vez menos me arrependo. Por muitas situações más que possam ocorrer, consigo encontrar mais coisas boas do que propriamente coisas más. Foi o caso em ter decidido esperar um ano e entrar noutra universidade, em vez de ter continuado na mesma. Para quê acomodar? Tantas portas que se abrem para quem tenta sempre inserir mudanças na sua vida, mesmo sendo tudo uma novidade e haja coisas menos boas que nos fazem perder a paciência e por vezes o ânimo, há sempre motivos de alegria. É preciso é saber reconhecê-los.
Agora que já partilhei um momento de extrema filosofia tão optimista, vou mas é estudar estatística...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"A Samsung e a mala da Pepa"

Numa nota publicada na página oficial do Facebook, que se encontra entupida de comentários e piadas ao vídeo de Pepa, a marca diz:


“A campanha “Desejos para 2013” pretendia partilhar um conjunto de aspirações pessoais e profissionais para o novo ano.
Acompanhamos sempre de perto as opiniões de todos os que nos seguem, tendo sido partilhado desagrado em relação aos conteúdos da campanha, razão pela qual esta foi retirada do ar.
Pedimos desculpa pelo sucedido. Não era nossa intenção ferir susceptibilidades e tudo faremos para corresponder às expectativas de quem nos acompanha.”











(Daqui: http://www.tecnologia.com.pt/2013/01/a-samsung-e-a-mala-da-pepa/)


Ferir susceptibilidades?! As quais? Só se for dos invejosos que por aí andam, que não querem ter malas da Chanel, mas que gostavam de ter (se é que não têm) carros caros (que compraram com o dinheiro que estão agora a dever ao banco) ou então não compraram, porque já estão a dever tanto ao banco e já gastaram tanto na bica e no bagaço que nem dinheiro conseguiram juntar para comprar alguma coisa "cara".
 "Vá, vamos lá embirrar com a Pepa porque ela quer ter uma mala da Chanel e nós nem dinheiro para comprar tabaco temos!" - Ó Dom Sebastião, quando voltas tu??

Opinião pública sobre o caso do cão

Não sei de quem é, mas seguindo a moda, cá vai:

"Duplamente triste




Começou ontem a saga da criança que alegadamente foi atacada por um cão, de raça considerada perigosa. Hoje, estou duplamente triste, pois dois seres vivos encontraram a morte. A criança morreu e o cão está no corredor da morte. Duplamente triste.

Muita gente, com certeza, vai espumar e ficar indignada com esta crónica. A raiva e a fúria toldam a razão. Primeiro, gostaria de não ter de escrevê-la, de todo. Depois, gostaria de a escrever noutras circunstâncias que não após a morte de uma criança. E isso acontece precisamente porque decidi não a escrever no calor do momento, quis esperar que o meu discernimento tranquilizasse e me permitisse tratar este delicado e triste assunto com justiça. Justiça para a criança e para o cão.

E para que a justiça impere é necessário saber o que realmente aconteceu. Nada se disse sobre isso. Em todos os noticiários os mais básicos critérios jornalísticos foram atropelados, não foram cumpridos. Aquilo que qualquer jornalista deve aprender na primeira lição de jornalismo falhou redondamente ao não serem respondidas as seis perguntas fundamentais: ficámos a saber “quem”, “quando” e “onde”, ficámos com sérias dúvidas em “o quê”, o “como” e “porquê” ficaram sem resposta, porque nem sequer foram questionados.

Após várias notícias em diversos meios de comunicação, continuei sem saber o que realmente tinha acontecido. Sabia apenas que “um cão” tinha “atacado uma criança de 18 meses em Beja”, que esse cão era da família e conviveu pacificamente durante nove anos, que a criança tinha um traumatismo crânio-encefálico, e que o cão fora levado para o canil onde será abatido após os oito dias legais. Como? Porquê? O que aconteceu?

De que forma o cão atacou a criança? Um traumatismo crânio-encefálico é geralmente fruto de uma queda/pancada. Se um cão como o referido, possante, atacasse alguém de forma viciosa e agressiva, principalmente uma criança, os ferimentos por laceração seriam graves. Só foi sempre mencionado o traumatismo.

É uma criança, é trágico e triste, mas isso não cessa o dever de questionar e informar acima de qualquer suspeita. Ninguém perguntou como foi o ataque? Em que circunstâncias e como ocorreu? Investiu agressivamente e mordeu? Correu para a criança, derrubando-a e fazendo com que batesse com a cabeça no chão, provocando o traumatismo? Como foi?

Foi esta a informação que tivemos.

Esta informação não me chegou, mas eu não sou a maior parte da população. Para a maioria, diria a esmagadora maioria, esta informação chegou e estava dito tudo o que era preciso ouvir: um cão atacou uma criança, que foi para o hospital em estado grave.

Procurei mais dados. No meio do jornalismo-papagaio encontrei finalmente uma notícia “quase” bem construída, pelo menos uma notícia que explicava relativamente os factos.

O cão afinal atacou a criança? Não.

“O animal pertence a um tio do menino, que vive na mesma casa com os pais e os avós da vítima. Em declarações aos jornalistas, o avô da criança, Jacinto Pinto, disse que o cão estava «às escuras» na cozinha da casa quando o menino foi àquela divisão e «caiu-lhe em cima» e o animal atacou-o. O que aconteceu «não tem explicação» porque o cão «era meigo», «sempre conviveu com crianças» e em nove anos de vida «nunca» antes tinha atacado ou feito mal a alguém (…)”, in www.publico.pt

“O miúdo caiu em cima dele e ele atacou”, são palavras de Linda Rosa, a veterinária municipal de Beja que adianta uma declaração incompreensível: “Como ou porquê ao final de nove anos de convivência com a família? Está na natureza de todos os cães, particularmente estes cruzados de raças potencialmente perigosas, como o pitbull”. Uma pérola de sabedoria nestas palavras.

Senhora veterinária, se a senhora fosse um cão, estivesse deitado num quarto às escuras e lhe caíssem em cima, mesmo que fosse um Yorkshire miniatura iria com certeza reagir!

Quando foi recolhido pela Câmara, e segundo o testemunho da veterinária municipal, o cão “estava bem tranquilo e não mostrou agressividade nenhuma”.

Não sou uma “dog person” e sinto muito respeito por cães possantes e de grande porte. Mas sei que o primeiro e principal problema comportamental da esmagadora maioria dos cães tem um nome: dono. E por coincidência, apesar de ter todas as provas de ser um animal dócil, Jacinto Pinto, o avô, confessou que estava “desejando” que o animal fosse abatido e que “há uma ano e tal” tinha ido à AMALGA (N.A. vulgo canil municipal) para o tentar abater, porque “não tinha condições para ter o cão em casa”. Palavras para quê…?

Na imagem, viu-se um cão com aspecto submisso e tranquilo, com a coleira de tal modo presa às grades que não conseguia mover a cabeça. Não se viu ponta de agressividade. E a mim, que tenho a péssima mania de pensar, tudo me parecia tão estranho, tão mal contado. E estava.

Compreendo a angústia dos pais da criança. A mesma angústia que sentiriam se o filho fosse empurrado por outra criança e caísse e batesse com a cabeça e ficasse gravemente ferido.

Que pena o cão não ter pais.

Que pena a criança ter morrido.

O cão, esse está no corredor da morte, e a sentença não estava dependente da sobrevivência ou não da criança, pois seria morto e ponto final. Não se trata de um violador de crianças cuja pena é mais leve se a criança abusada não morrer, e que é protegido por guarda policial, e que tem uma cela confortável onde não fica preso pelo pescoço.

O cão morreu no momento em que declararam o presumível ataque. Porquê? Alguém sabe? Alguém tentou saber?

Ah, já me esquecia… é só um cão.

E no meio de toda esta tragédia, de toda esta desgraça… como se deixa um bebé de 18 meses entrar sozinho numa cozinha escura onde está um cão a dormir…?"

Um mediano Natal e um ano novo cheio de moderada felicidade


Eu gosto muito do Natal, pois ele dá-nos o leite e a pele para fazer sapatos.

Peço desculpa, entusiasmei-me com o ambiente de mensagens natalícias pueris e baralhei duas redacções que estava a preparar. É possível que a mensagem de Natal do Presidente da República tenha exercido sobre mim uma influência muito nociva. Não sei se o leitor teve a oportunidade de ver o vídeo. Está o casal de Cavacos em frente à árvore de Natal, e diz ele: "O Natal é um momento especial para todos. Ninguém fica indiferente ao Natal." Depois, vê-se que deseja acrescentar que gosta muito do Natal, pois ele dá-nos o leite e a pele para fazer sapatos, mas retrai-se. Continua a dizer coisas sobre a família, os que mais sofrem e a partilha fraterna. Enquanto isso, ela vai concordando com a cabeça. A seguir, trocam. Enquanto ela diz coisas sobre a família, os que mais sofrem e a partilha fraterna, ele concorda com a cabeça. No fim, partilham fraternalmente os votos: ela deseja a todos um Feliz Natal, ele deseja-nos um ano de 2013 "tão bom quanto possível". Este momento é bastante comovente, por ser verdadeiramente original.
A esmagadora maioria das pessoas costuma desejar "bom ano". Cavaco tem sentido de responsabilidade na altura de formular votos de ano novo. Não deseja um bom ano, deseja um ano tão bom quanto possível. Era o que faltava que o nosso povo, depois de ter passado anos a viver acima das suas possibilidades segundo dizem pessoas que vivem, em geral, bastante bem, ainda tivesse um ano novo melhor do que é possível. Cavaco não pactua com excessos de felicidade.
Quando se pensava que estava tudo visto no âmbito dos votos de boas festas, o primeiro-ministro e o Governo foram ao Palácio de Belém cumprimentar o Presidente. Todas as cartas de amor são ridículas, mas não tanto como as saudações natalícias entre altos dignitários do Estado. A convivência da retórica política com o discurso normalmente associado ao Natal produz um efeito que só a caridade natalícia impediria de considerar caricato. Uma coisa é desejar "boas festas". Outra é desejar "boas festas num quadro alargado de cooperação institucional dos organismos políticos e democráticos". Pessoalmente, achei a troca de palavras fraterno-políticas bastante engraçada. Mas apenas tão engraçada quanto possível. Não gostaria de ultrapassar os limites do possível, também na comicidade. Há que cortar um bocadinho em tudo.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/ricardo-araujo-pereira=s23462#ixzz2HfIyDVNX



Achei particularmente piada ao comentário do RAP sobre "um ano de 2013 tão bom quanto possível"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Solidão

‎"Gosto de ficar sozinho. Eu nunca encontrei um companheiro tão sociável como a solidão."
 Henry David Thoreau

Ultimamente sinto-me muito sozinha, mas mesmo assim gosto de ter a minha liberdade e a minha independência. Odeio-me sentir presa e ter que dar satisfações seja a quem for. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

A escola

Encontrei esta entrevista pela Internet (http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/bernard-charlot-conflito-nasce-quando-professor-nao-ensina-609987.shtml) e chamou-me a atenção. Como ainda sou estudante interessa-me aquilo que aqui é dito, porque de facto quando se trata de professores e alunos há mesmo 2 línguas a serem faladas: a do professor e a do aluno. Enquanto que um tem uma lógica no estudo, o outro tem outra...e por isso muitas vezes as notas são diferentes. A mim já me aconteceram várias histórias que hoje em dia me lembro e ainda há pouco tempo aconteceu-me o mesmo que está escrito na entrevista, pensei que tivesse estudado e tivesse boa nota mas afinal não. Fiquei chateada, comigo, com o professor, mas depois tentei perceber o porquê mentalmente. E cheguei a uma conclusão: se ele pede uma coisa que os meus colegas devem ter feito mas que eu sei que não fiz (e sei mesmo) como poderia achar a nota injusta? Existem injustiças, e hão-de continuar a existir, mas há que saber ter sabedoria para ver a diferença entre uma coisa justa e injusta e principalmente, não tirar conclusões precipitadas sem antes se pensar sobre o assunto.
Mas uma das coisas que me apercebi em mim e na forma de estudar (ainda estou em fase de conhecimento de mim mesma mas é o que sinto neste momento) é que parece que não consigo compreender as coisas facilmente sobre pressão. Só se eu própria, sozinha, colocar na cabeça que quero saber mais sobre alguma coisa. Assim, pego nas coisas e consoante o meu gosto vou lendo, relendo e compreendendo e tudo aquilo que sei hoje, tudo salvo seja, tudo o que eu sempre desejei saber, consegui-o por sozinha o desejar. Sem pressões, sem sentimentos de incapacidade e sem forçar.
Por esses motivos todos (motivos que só me foram úteis há anos atrás, antes de entrar num patamar elevado como é actualmente a universidade) acho que as coisas não me têm andado a correr bem desde então. Não consigo obrigar-me a mim mesma a estudar e quanto mais obrigada sou menos compreendo as coisas e menos elas me entram. A juntar a isto, algum problema qualquer de confiança (sei lá) faz com que eu seja alguém com uma compreensão lenta para umas coisas, mas ao que parece bastante rápida para outras (quando trabalho em algo novo, mesmo com pouco jeito de início e mesmo depois de desesperar se sinto demasiada pressão e não consigo compreender como se faz, acabo por fazer e bem). Eu relembro várias vezes o quanto era uma excelente aluna em outros tempos por tentar perceber o que aconteceu desde então. Já ouvi dizer que a inteligência pode ser grande num miúdo, mas quando em adulto já não, mas terá sido isso que aconteceu ou foram também outros factores envolvidos?
Não é que me importe com isso, pois o meu objectivo não é ser "aluna profissional", mas é muito complicado num mundo tão competitivo como é o escolar (sim, é mesmo) e em que alguns professores nos rebaixam dando a crer que não somos pessoas competentes ou inteligentes (acreditem que isso para uma pessoa com pouca confiança é uma coisa complicada) só porque não conseguimos perceber logo uma coisa. Para mim faz com que tenha de me controlar para não pensar que sou uma incapaz... Mas com o tempo e com um maior auto-conhecimento vou cada vez mais tendo bons frutos com isso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Goethe

‎"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco. À medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida." 

J. W. Goethe

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Começo de um novo dia

Ano, peço desculpa.
Além do dia, ainda mudámos de ano.

Cada dia 31 de Dezembro para mim é um marco que me deixa nostálgica, porque nunca me esqueço do que aconteceu há um ano atrás no mesmo dia. E nunca me esqueço das promessas que fiz mentalmente para o ano inteiro que se avizinhava. Mas este ano foi diferente, não pensei em nada.
Este ano não fiz promessas, apenas desejei (e com sinceridade) a todos aqueles de quem gosto e que me desejaram, pois realmente não esqueço as pessoas que me trataram sempre com carinho e que gostaram de mim, da mesma forma que não esqueço quem nunca me tratou assim. Mas adiante, como dizia, não fiz promessas. Fá-las-ei agora, mas são poucas, apenas duas: acabar os estudos e ao mesmo tempo, superar-me a mim mesma, mudar e tornar-me numa pessoa mais segura (vocês não sabem o quanto a insegurança é lixada). Só assim conseguirei ter sucesso, se acreditar em mim e parar de pensar que todos estão contra mim, quando na realidade só eu é que estou.
E pronto, já são dois objectivos que parecendo que não me irão dar imenso trabalho. Se pensam que não sou altruísta, enganam-se. Para conseguirmos uma interacção social "quase perfeita" temos que nos conhecer a nós e saber da melhor maneira lidar com isso, se eu não sei, nunca poderei que os outros me entendam.
Como disse Einstein: "o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário".