A poesia de Régio é uma dissecação abismal do seu ‘Eu’, opresso e torturante. As suas faculdades intelectivas e uma imaginação cautelosa, temperada de emoção rubra, se debruçam persistentemente sobre o seu ser anímico com um ‘élan’ criador de grandeza imperecível. Nas suas dúvidas íntimas, na sua solidão, autobiópsia exaustiva, se devassam os recessos psíquicos do Homem e se procuram interpretar os seus destinos, numa ânsia quase mística de libertação e beleza integrais. Subjectivista, vivendo de si, para si e dentro de si, numa dramatização perene), seu Ego hipertrófico, de aparente renúncia perante os problemas da existência, plasma as angústias e os anseios de todos os homens numa inquietação gritante. Todos os que, cogitando sobre a Vida, alentam supremas altitudes, ali se espelham numa realidade fúlgida."
Feliciano Falcão
Por trás: Serra de S. Mamede |
José Régio montado no burro que o levou a muitos passeios em busca de antiguidades para a sua colecção |
Régio com a sua colecção de almofarizes, em Portalegre |
Transcrito daqui. Este foi um blogue que eu encontrei há pouco tempo e que partilha textos muito interessantes sobre várias personalidades portuguesas. Vale a pena ler.
(pelo facto de exceder o limite de caracteres fixado, as imagens foram colocadas noutras publicações)
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